terça-feira, 24 de outubro de 2017

O xadrez de Temer



A medida que a votação da segunda denuncia de temer se aproxima a oposição e a base já estão se movimentando para tentar salvar, condenar ou no mínimo deixar que temer sangre mais e no meio de toda essa movimentação existem peças que são muito importantes.
Uma das principais peças é o presidente da Câmara Rodrigo Maia que a muito tempo vem trocando farpas com o Governo, mas diz que está tudo bem na relação com o Planalto. Ele pode dar agilidade a sessão e terminar logo com isso da maneira que o Governo quer ou prolongar a sessão e expor ainda mais os Deputados favoráveis a Temer como a oposição quer.
Outra importante peça que vai ser decisiva na votação é a base governista que ninguém sabe qual o real tamanho dela e quantos estão dispostos a estar do lado do Governo nessa batalha e correr o risco de perder as eleições. PSDB está rachado e parece que tende mais pela saída de Temer do que o apoia e o Democratas está em uma guerra fria com o PMDB para conseguir deputados que saíram do PSB quando o partido se tornou oposição.
A única peça que parece sem muita importância, mas que ainda pode dar algum trabalho é a oposição que promete não entrar para a sessão jogando para a base a pressão de colocar 342 Deputados em plenário. Essa estratégia pode atrapalhar um pouco os planos do Governo para acabar com a cessão o mais rápido possível.
O resultado final promete não ser uma surpresa, tirando a possibilidade de uma catástrofe Michel Temer vai se livrar de mais uma denuncia e vai continuar aos trancos e barrancos até o fim, mas o que será interessante analisar será a quantidade de votos que ele irá conseguir e se ele vai conseguir fazer algo nesse ano que resta ou vai ser mais uma peça figurativa no cargo da presidência.
Esse é o desfecho de um jogo ganho, mas que conseguiu parar o país de novo para tratar de um assunto que só vai ser resolvido se for resolvido quando Temer sair da presidência.

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

A mudança da mentalidade do povo brasileiro traz de volta a esperança



A população brasileira está em um processo de mudança muito interessante e que deve ser incentivado. É difícil colocar um marco de quando isso começou, mas desde a Copa das Confederações é possível perceber que as pessoas já não aceitam mais tudo que é dito para elas, elas começaram a se informar mais sobre assuntos que eram considerados tabus e a se posicionar.
Essa é uma mudança muito importante e ocorreu na hora certa, pois enquanto a população como um todo evitava participar de temas como política, sociedade e artes era notório o domínio de "intelectuais" da esquerda nessas áreas e como encontravam pouca oposição chegava a parecer que o que eles falavam e tentavam empurrar para as pessoas era a verdade e era aceitável.
Mas de um tempo pra cá começaram a surgir questionamentos, oposição ao que era imposto para a população e a esquerda não estava preparada para esse tipo de situação, tamanho despreparo levou ela a proferir as ofensas que agora são ditas todos os dias por quem não tem argumentos: " fascistas, machistas, golpistas, intolerantes" entre outras tantos outros termos que utilizam para tentar ganhar discussões.
Tamanho despreparo para defender seus posicionamentos levou ao grande crescimento do número de pessoas de centro/direita ou até extrema-direita como eles dizem e a possibilidades e realidades que podem mudar a história do Brasil como um todo.
Antigamente seria loucura dizer que a população conseguiria praticamente banir o queermuseu do país, que políticos liberais e conservadores seriam eleitos em grande número para poderem fazer a diferença, criarem e aprovarem leis e barrarem projetos que não vão de encontro com o que a população quer, que conseguiríamos tirar uma "presidenta" que cometeu os erros passiveis de ser retirada do cargo e até que conseguiremos eleger um presidente que nos represente.
Tudo isso foi conquistado graças a uma mudança de mentalidade de boa parte do povo brasileiro, que cansou de só assistir e resolveu participar ativamente das coisas que estão acontecendo ao seu redor e graças a essas mudanças e essa luta que começamos podemos ter esperança de que o Brasil seja um país melhor.

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

O afastamento das urnas



Nas últimas eleições acompanhamos o afastamento dos eleitores da votação, não era fato isolado o número de ausentes + brancos + nulos ser maior do que o número de votos que o candidato que foi eleito para o cargo recebeu. Esse efeito tem despertado preocupação em algumas pessoas, mas pode ser interessante acompanha-lo em 2018.
Que a população brasileira já está desacreditada da política e que na cabeça dela tem milhares de coisas mais interessantes para fazer do que decidir o seu futuro é fato notório, mas qual será o caminho adotado para mudar esse cenário ou se alguém tem interesse em muda-lo deveria ser a pergunta a ser feita. Afinal quanto menos pessoas participarem do processo de escolha maior a possibilidade de que alguém mal intencionado ou que não represente a maioria da população assuma o cargo de liderança.
Essa é uma das grandes preocupações do afastamento da população das eleições, um candidato que nunca seria eleito com grande participação popular pode acabar se sobressaindo e sendo eleito por convencer os seus aliados a irem votar e serem uma maioria dos que participaram. Isso causaria o que estamos enfrentando hoje, falta de representatividade da classe política, dificuldade para formação de base para aprovação de leis e leis inúteis sendo propostas e aprovadas.
Mas esse efeito não é de todo ruim, os políticos vão ter que se virar ano que vem para convencer a população a ir votar e votar neles. A política não vai poder ser mais a mesma, terão que ser abertos novos canais de comunicação, as redes sociais ganharão cada vez mais força e o político que melhor se adaptar a essa mudança possivelmente conseguirá se eleger.
Isso abre margem para que novas pessoas possam aparecer no cenário político, novas ideias possam ser apresentadas e quem sabe possam ser implantadas para a melhoria do Brasil e da vida da população.
Ainda é muito cedo para prever o que irá acontecer, mas será interessante acompanhar a mudança das propagandas políticas e a reação da população, mas esperamos que as melhores pessoas sejam eleitas para melhorar o Brasil.

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Médicos cubanos não querem voltar pra Cuba?



Que o programa mais médicos era cheio de lacunas e daria em uma série de problemas futuros todos nós já sabíamos, mas que os médicos cubanos não querem voltar para seu país de origem e não querem mais que o governo democrático de Cuba pegue parte dos seu salários e pague para eles menos do que os outros médicos do programa recebem? Isso sim é uma novidade.
De acordo com o Ministério da Saúde vários médicos cubanos estão entrando na justiça para poderem permanecer no Brasil e receber o valor integral do seu salário. Mas porque será que eles não querem voltar para o maravilhoso país comunista? Será que foram contaminados pelo vírus do capitalismo?
Brincadeiras a parte essa situação coloca o Brasil em uma saia justa, pois o acordo firmado diz claramente que o vínculo desses médicos é com o governo cubano ou seja: a renovação de vínculo dos médicos ao programa, a permanência deles no Brasil e até mesmo o valor do salário recebido por eles é decidido pelo governo de Cuba e o descumprimento desse contrato pode gerar uma crise entre os dois países e gerar insegurança para os outros países que participam do programa.
Essa é uma decisão que não deveria caber a justiça, mas sim aos gênios que firmaram esses contratos achando que isso nunca aconteceria, que os médicos cubanos abririam mão da liberdade e da estrutura que acharam aqui no Brasil para voltar de boa vontade para seu país de origem.
Cuba realmente é um país incrível, que teria tudo para ser um país prospero se não fosse a forma de Governo que foi implantada na ilha que retira praticamente toda a liberdade das pessoas que lá vivem e concentra tudo em um estado bem mais inchado e intervencionista do que nos outros países. Se reclamamos do estado brasileiro que intervem em quase todos os assuntos que não lhe diz respeito em Cuba o governo intervem em todos.
Em meio a todos esses problemas ainda tem outro que pode ser o mais preocupante, caso os médicos cubanos voltem para seu país o Brasil tem médicos o suficiente dispostos a participar do programa e manter ele em pleno funcionamento? Porque apesar de todos os defeitos esse programa atende uma grande parcela da população e tem muita importância pra ela.
Mas pra que se preocupar com isso né? Enquanto a saúde brasileira que já não é das melhores enfrenta mais uma grande crise, boa parte da elite intelectual do país que defende o socialismo e não depende da saúde pública continuam passando suas férias nas praias cubanas e viva o socialismo!

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Separar é a solução?



Tendo como inspiração o movimento separatista da Catalunha vários movimentos separatistas estão surgindo ou ganhando força no Brasil, mas será que separar vai resolver todos os problemas dos estados que tem esses movimentos e consequentemente vai criar um país mais forte do que ficar no Brasil?
Na visão desses movimentos sim. O fato de separar, tomar suas próprias decisões, cuidar dos impostos que são gerados da maneira que eles entendem ser melhor para sua região e fazer negócios vantajosos com outros países entre eles o próprio Brasil será a solução para que possam ter um país desenvolvido e sem os problemas que esses estados enfrentam hoje.
Tudo bem que pagamos uma alta carga de impostos e que pouco ou quase nada desse dinheiro é revertido de volta a população de onde esse dinheiro sai, mas não seria mais fácil propor uma reforma tributária ou uma melhor redistribuição de renda tirando grande parte do que fica em Brasília e redistribuindo para os estados e municípios?
Não existem soluções mais práticas e aplicáveis do que tentar fazer o país engolir um plebiscito, ou então uma revolta armada para confirmar a criação de um novo país? Tudo bem eles estão coletando assinaturas para conseguir criar um projeto de lei para que a separação seja definitiva, legal e sem traumas para nenhum dos lados, mas será que esse tipo de lei teria apoio no Congresso?
Existe também a tentativa de criar um partido separatista para conseguir mudar o sistema por dentro e fazer uma lei que autorize os estados a separarem do Brasil, mas com o tanto de candidatos que esse partido teria que eleger para que essa lei fosse aprovada seriam necessárias várias eleições, considerando que esse partido faria uso do dinheiro público para tentar se separar do país.
Falar hoje de uma hipótese dessas é no mínimo uma piada de mal gosto, existe muita coisa que pode ser feita e mudada antes de ser tomada uma decisão drástica como separar do Brasil sendo que estados que tem esses movimentos não conseguiriam se manter sem ajuda. Se ao invés de gastar a energia para separar um estado do país gastassem essa mesma energia para aprovar leis que melhorariam a situação do país como um todo teríamos um país melhor sem a necessidade de separação de nenhum estado membro do Brasil.
Respondendo a pergunta do título hoje separar não é a solução.

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

A reforma dentro da reforma



Ontem vivenciamos um momento importante para o futuro da política brasileira, parte da reforma política foi aprovada pelas duas casas a tempo de ser aplicada nas eleições de 2018 e o que foi aprovado vai ser de grande importância para a democracia, o número de partidos vai acabar diminuindo com a clausula de barreira melhorando as condições de governabilidade no Brasil, menos dinheiro vai ser gasto com partidos que não representam a população e as eleições proporcionais acabam se tornando um pouco mais "justas" com o fim das coligações partidárias para esse tipo de disputa.
Quem lê isso pode até achar que finalmente estamos caminhando para uma melhora no cenário político nacional e que a situação vai melhorar e tudo bem pensar isso até porque ocorreram melhoras consideráveis com o que foi aprovado ontem no Senado, mas nem tudo é flores nos jardins da política brasileira.
Logo após essa importante parte da reforma a Câmara dos Deputados realiza mais uma das famosas manobras regimentais e se apressa para votar o fundo eleitoral ou como alguns gostam de chamar o fundo da democracia. Esse fundo é bem simples de ser entendido vão tirar mais dinheiro dos cofres públicos para financiar as campanhas eleitorais, como se já não bastasse o fundo partidário que todos eles tem acesso e o horário gratuito de propaganda ainda é preciso de que entre mais dinheiro nas campanhas.
Além disso estão tentando evitar que o voto impresso seja realmente efetivado ou que seja efetivado em uma quantidade ridícula de urnas. A maior garantia de que nossas eleições não seriam e não são fraudadas pode ser retirada pelo simples capricho de não querer gastar dinheiro com isso. Porque ao invés de pegar mais dinheiro para campanha não criam um fundo para garantis que todas as urnas do país tenham voto impresso? Seria no mínimo mais digno e defensável para os Deputados que votarem a favor do fundo de campanha.
É difícil ter uma visão de um futuro bom para o Brasil do jeito que está, não adianta concertar uma coisa e logo em seguida estragar outra que já estava concertada ou que no minimo estava funcionando de maneira aceitável. Enquanto esse circo vai acontecendo o eleitor continua sem saber como será as eleições em 2018, mas tendo uma certeza: se depender desses políticos que estão no poder hoje ela deve ser pior do que foi a última.

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Candidatura avulsa é a solução?



Em meio a toda crise que o mundo político está passando está difícil de encontrar algum partido ou algum político que consiga se salvar desse mar de corrupção, e com a aproximação das eleições começam a surgir nomes que já são velhos conhecidos do eleitor, algumas opções novas e os candidatos sem partido que voltam a ganhar força no cenário político.
Seria esse a solução para uma das maiores crises de representatividade política que o Brasil enfrenta? Será que um candidato sem partido, sem verba do fundo partidário conseguiria fazer uma campanha competitiva e se eleger? Ou melhor será que o STF vai deixar que essas pessoas sejam candidatas?
O assunto será julgado nessa quarta feira no STF e enquanto isso várias pessoas ainda sonham e aguardam ansiosas pela possibilidade de poder ser um político sem partido. Mas quais são as vantagens e desvantagens que isso pode proporcionar?
Um representante político sem partido é livre para tratar dos diversos assuntos que passarem pela sua mão da maneira como bem entender, ele não sofrerá pressão e nem punição partidária caso vote contra a vontade de um determinado partido. Essa liberdade é uma das coisas que mais podem ser atrativas nos dias de hoje, até porque quase todos os partidos se envolveram de alguma forma na corrupção e poder tomar decisões sem depender deles é uma grande vantagem.
Outra vantagem seria que essas pessoas que se candidatam sem partido estão se lançando por realmente acreditarem que podem fazer algo para melhorar ou no minimo mudar a situação da população de sua cidade ou do país como um todo, ao contrário de políticos antigos que já consideram a política como um negócio e se candidatam para escapar de punições na justiça ou apenas para ter mais lucro.
Mas nem tudo é vantagem, existem alguns riscos como por exemplo a inconstância do ser humano, que sem ter um partido "um chefe" para guiar pode acabar fazendo coisas que beneficiam apenas a ele sem pensar na população e caro tem também a inexpressividade, poucas pessoas conseguiriam se eleger sem partido e essas pessoas seriam engolidas pelos partidos políticos que não deixariam que os sem partido fizessem nada e não tivessem destaque para que não voltassem a ser eleitos nas próximas eleições.
É difícil saber o que vai acontecer, mas no meio de toda essa especulação e dessas teorias surge uma nova opção que deve ser considerada com muita seriedade pela justiça e pela população como uma das saídas para crise que o Brasil vem enfrentado.